Por Rebbeca Ricarte
Via https://noticias.adventistas.org/
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O Vale do Catimbau, em Buíque (PE), impressiona por suas paisagens únicas, cânions majestosos, formações rochosas que desafiam a imaginação e sítios arqueológicos que revelam a história da humanidade. Foi nesse cenário deslumbrante que, nos dias 17 e 18 de agosto de 2025, os alunos do programa GEO (Grupo de Estudos das Origens) do Colégio IAPE vivenciaram uma aula prática ao ar livre, explorando geologia, arqueologia e biodiversidade, enquanto contemplavam a grandiosidade da Criação.
Durante a expedição, os alunos percorreram a Trilha da Caverna, a Trilha do Texas, o Sítio Arqueológico do Homem Sem Cabeça, famoso pelas pinturas rupestres, e a Trilha do Chapadão, com seus impressionantes cânions e camadas sedimentares. A observação direta permitiu que relacionassem as formações rochosas e erosões rápidas a processos catastróficos, alinhando-os à narrativa bíblica do Dilúvio.
Os alunos também refletiram sobre a biodiversidade do semiárido, observando como a fauna e a flora atuais podem ter se diversificado rapidamente a partir dos animais sobreviventes da Arca, adaptando-se ao bioma da caatinga. Foram discutidos conceitos de adaptação e microevolução dentro dos tipos criados, reforçando a perspectiva de que a biodiversidade atual reflete a restauração provida por Deus após o Dilúvio.
Ciência à luz da cosmovisão bíblica
Jessie Marambaia, coordenadora do GEO do Colégio IAPE, enfatiza que a dinâmica do grupo vai muito além de uma excursão: os alunos participantes se reunem semanalmente para estudar tudo relacionado às origens. “Estudamos sobre a origem do universo, a origem da vida, e tudo dentro da cosmovisão criacionista e do design inteligente”, enfatiza.
O objetivo dessa expedição, segundo Jessie, é fazer com que os alunos que fazem parte do GEO consigam, através das atividades práticas, identificar, através das formações rochosas, evidências do Dilúvio. “Através do contato com a natureza, de toda a exuberância que nós temos no Catimbau, eles possam, então, reconhecer a Deus como Criador do universo”, acrescentou a coordenadora.

O estudante Thiago Militão destacou a riqueza histórica e artística da visita. “As pinturas rupestres, como as do Homem sem Cabeça, chamaram muito a minha atenção. O guia explicou os diferentes tipos, como Itacoatiara, Nordeste e Agreste, e foi incrível ver como aquelas pessoas já registravam suas vivências em forma de arte. Tudo aqui mostra o cuidado de Deus na criação. As paisagens e histórias do Vale do Catimbau testemunham um Deus Criador, criativo e realmente artista”, comentou.
A aluna Maria Paula destacou como as paisagens e rochas com sedimentos revelaram aprendizados únicos. “Eu aprendi que Deus, ele, cuidou muito do mundo, mesmo depois que o mundo estava sendo destruído, depois de ter passado por um processo muito difícil e caótico, Deus, ainda assim, ele conseguiu restaurar a criação para voltar a ser tudo belo. Foi uma experiência muito legal, dividir momentos com os colegas, passar mais tempo, conhecer um pouco mais deles, e ter professores que nos ensinem conforme a nossa cosmovisão”, concluiu.
Aprendizado concreto
“Quando saímos de um espaço teórico, das apostilas e pesquisas, e vamos para um ambiente como esse, o aprendizado se torna concreto e faz mais sentido para os alunos. Isso os leva a refletir, pensar e buscar mais conhecimento. Trazer os nossos alunos para uma prática, uma aula de campo como essa, é uma experiência única. Ver as evidências do Criador em cada pedacinho do lugar nos permite perceber a digital de Deus, e isso é o mais importante, tanto para mim como educadora quanto para os alunos que podem entender e transmitir aquilo que estudamos”, destacou Zilanda Galvão, professora de história e geografia do IAPE.
A aluna Rayanne Campelo também ressaltou a experiência proporcionada pela expedição. “Visitamos a caverna conhecida como a Toca da Onça, que tem uma história muito interessante por trás. Ouvir essa narrativa tornou a visita ainda mais significativa. Pude ver coisas grandiosas, feitas com muito cuidado e amor, e perceber como a ciência corrobora a existência do nosso Criador. Foi uma experiência divertida, que tornou o aprendizado mais leve e dinâmico, e ainda permitiu contemplar as paisagens bonitas junto aos meus amigos”, enfatizou.
Scrapbook de memórias
Ao retornarem da expedição, os alunos registraram todas as experiências em scrapbooks de viagem, criando memórias tangíveis da aventura e consolidando o aprendizado obtido no campo. Cada página dos scrapbooks trouxe descrições das formações rochosas, observações sobre camadas sedimentares, reflexões sobre a ação da água no relevo e anotações sobre lições de fé, o Dilúvio e a restauração da Criação.
A Expedição Vale do Catimbau proporcionou aos estudantes uma experiência educativa integral, unindo ciência, arqueologia, biodiversidade e fé, despertando admiração pela Criação, fortalecendo laços de amizade e incentivando uma conexão profunda com Deus através da natureza, segundo a coordenadora do GEO do IAPE, Jessie Marambaia. “Eu espero que eles levem as bagagens cheias de muitas memórias, memórias marcantes, momentos onde eles puderam estreitar laços de amizade, e também momentos onde eles separaram o maior tempo de conexão com Deus através da natureza, e que as experiências aqui os incentivem a desenvolver o senso crítico, científico, e também a busca por pesquisas e pelo estudo, mas não qualquer estudo, o estudo com propósito, tendo a Deus como nosso Criador”, finalizou.