Construtor de sonhos

Eles projetam um mundo melhor, realizam sonhos e abrigam vidas. Estamos falando dos arquitetos. Quinze (15) de dezembro é a data escolhida para homenageá-los, em memória ao célebre Oscar Niemeyer. Matheus Venâncio escolheu a arquitetura como profissão e nós o chamamos para uma entrevista sobre sua escolha e sua carreira. Formado na Educação Adventista, ele conta como chegou onde está, tornando-se um profissional reconhecido e realizado em sua área.

Educação Adventista: Por que  você escolheu a arquitetura?

Matheus Venâncio: Na verdade, foi a arquitetura que me escolheu. Desde muito novo sempre tive um despertar muito grande para a criatividade e a transformação. Me recordo quando cursava o ensino fundamental II. Eu vendia plantas baixas para os meus amigos da classe e fazia muito sucesso, todos queriam uma planta para levar para casa!

EA: E por que escolheu a Educação Adventista como instituição de ensino para sua formação acadêmica?

MV: A Educação Adventista para mim sempre foi referência em diversos aspectos, com destaque para a qualidade no ensino e o tratamento que tive a oportunidade de receber ao longo de anos em uma escola da rede. No ano de 2012 prestei vários vestibulares, sendo aprovado em uma universidade pública e também no Unasp. Foi o maior dilema da minha vida, qual instituição de ensino escolher? Mas quando me deparei com a grade curricular e toda a estrutura que o Unasp oferecia para a graduação em arquitetura, eu não tive dúvidas em qual iria me matricular e trilhar meu caminho como futuro arquiteto e urbanista.

EA: Como foi sua experiência como estudante de arquitetura no Unasp?

MV: Posso afirmar com plena certeza que no Unasp tive as maiores experiências da minha vida. Cada vez que acordava e saía do residencial era uma vida totalmente nova para se descobrir. Uma das coisas que me marcaram no campus era o contato com a natureza. O fato de acordar, e não ter que pegar trânsito era fantástico para mim. Outro fato interessante era a variedade de alunos de diferentes regiões do Brasil e exterior. Era como se tivéssemos uma lupa dentro da sala de aula, cada aluno tinha uma opinião e uma forma de pensar que, quando compartilhadas, faziam a mente expandir imensamente. Isto me tornou uma pessoa melhor.

EA: De que forma a instituição te levou a ser o profissional que é hoje?

MV: No Unasp sempre tivemos um braço muito social e racional da arquitetura. Sempre fomos ensinados a entender o contexto em que estávamos inseridos e a partir daí agirmos com nosso conhecimento técnico. E hoje eu vivo exatamente essa lógica de aprendizado. Consigo com facilidade passar em várias matérias que competem a um arquiteto, e atendê-las de forma satisfatória e plena, sempre com o foco no usuário e suas necessidades.

EA: Fale um pouco sobre sua atuação no mercado de trabalho como arquiteto para aqueles que se interessam pela área. Com o que e onde trabalha atualmente?

MV: O mercado da arquitetura é muito dinâmico e extenso. O arquiteto pode empreender, ou atuar em escritórios de pequeno porte ou até construtoras. Gostaria de destacar algumas áreas que estão crescendo e merecem uma atenção. São elas: Planejamento urbano, Paisagismo, Restauro de edifícios, Arquitetura promocional, Luminotécnica, Acompanhamento e Administração de Obra, Carreira acadêmica, Especialista em BIM e Design de interiores, áreas que estão acompanhando as mudanças da nossa sociedade contemporânea. Atualmente trabalho no departamento de arquitetura da Região administrativa Rio Fluminense da Igreja Adventista do Sétimo Dia, onde tenho o prazer de liderar e participar de cada projeto desenvolvido até a sua execução.

EA: Na sua opinião, qual a relevância do arquiteto na sociedade hoje? Qual seu papel social?

MV: Nos tempos atuais podemos classificar a nossa sociedade como “mutante”. Nela, o arquiteto se torna cada vez mais essencial para a contribuição de uma vida mais harmônica apesar de todos os problemas que enfrentamos e enfrentaremos. Creio que o meu papel social na arquitetura vai muito além de fazer um desenho e uma outra pessoa construir. Quero estar próximo em cada etapa e processo do que chamamos de “arquitetura”, até porque a arquitetura existe apenas por causa das pessoas, e são elas que me motivam a avançar e compreender que a arquitetura pode ser um dos maiores agentes transformadores de sociedades e vidas. Precisamos ter a compreensão que vale a pena lutar por vidas!

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