Aluna de Escola Adventista terá obras expostas no Louvre

Por Isabella Anunciação

Via https://noticias.adventistas.org/

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A história de Sophia Helena Moreira de Oliveira começa na Escola Adventista de Jacarepaguá, quando aos 6 anos apresentou habilidades artísticas distintas das crianças de sua idade. Sua professora da época entrou em contato com a mãe e pediu que investisse nesse dom. O que elas não imaginavam é que cinco anos depois, a pequena teria a oportunidade de expor suas pinturas no Louvre, o museu mais visitado do Mundo.

Com apenas 10 anos, Sophia Helena foi selecionada em um concurso internacional e duas de suas obras serão expostas no Carrossel do Louvre, um espaço dedicado aos novos talentos. A exibição vai acontecer em outubro deste ano, 2024.

Madureira é um bairro tradicional do subúrbio do Rio de Janeiro e faz parte do território da Associação Rio Sul (ARS), sede administrativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a região centro-sul do Rio de Janeiro. A conquista da artista mirim é motivo de grande alegria para a Igreja e a Rede Adventista de Educação da região.

O presidente da Associação Rio Sul, pastor Geovane Souza, se admirou com o talento da pequena. “Quando vemos as crianças descobrindo seus dons e entregando eles para Jesus é motivo de imensa satisfação”, afirma Souza, que torce para o sucesso de Sophia.

Trajetória da artista mirim 

Bonecas ou jogos eletrônicos não chamam tanto a atenção de Sophia quando o assunto é se divertir. A menina gosta mesmo de passar horas a fio desenhando ou pintando. Seu talento foi observado cedo por sua professora do Pré II, que despertou o olhar da mãe, Daniele Moreira. “A professora dela foi fundamental neste processo. Ela quem me aconselhou a investir nesse dom da Sophia”, ela explica, empolgada por sua filha que viverá uma experiência que a marcará por toda a vida.

Para Sophia, essa experiência é apenas o começo de mais conquistas que Deus tem para sua vida. Ao receber a notícia que passara na seleção sentiu uma mistura de sentimentos. “Ao mesmo tempo que fiquei ansiosa e com medo, fiquei confiante. Pois procuro deixar todas as preocupações sobre o futuro nas mãos de Deus, porque sei que ele dirigirá a minha vida”, relata a menina.

Aos 7 anos, pediu à mãe que comprasse uma tela e, a partir daí, se descobriu no mundo das pinturas. Um de seus primeiros quadros foi a figura de Jesus, que teve exposição em uma feira do Clube de Aventureiros, um programa para crianças da Igreja Adventista do Sétimo Dia semelhante ao Escotismo.

Já aos 9 anos, iniciou suas aulas de pintura em um ateliê especializado e teve seu primeiro contato com pintura profissional usando tinta acrílica. “No primeiro dia comecei um quadro, minha primeira tela ‘A casa de Friburgo’. Minha professora e os outros alunos ficaram espantados com o meu talento”, conta.

Atualmente, Sophia costuma pintar paisagens, animais e artes abstratas com tinta acrílica. Segundo ela, pretende inspirar o observador a ter “alegria, pensamentos positivos, interesse pela arte e cultura”, explica sobre como gosta de impactar as pessoas com sua arte. Alguns de seus trabalhos já foram expostos na galeria Design.art e na Aliança Francesa, em Friburgo.

Dom divino 

Criada em um lar adventista, Sophia sempre esteve envolvida com as atividades da igreja e, com o seu dom, pode encontrar diferentes maneiras de mostrar o amor de Jesus. “Onde eu estiver posso testemunhar de Jesus com minhas palavras, minhas ações e deixando Deus em primeiro lugar na minha vida”, expõe.

Para o professor Robledo Moraes, diretor da rede de Educação Adventista do centro sul do Rio de Janeiro, a Educação Adventista tem o compromisso de instruir o aluno a descobrir o seu dom e o exercê-lo de forma honrosa. “Em 2018, tive a oportunidade de ter uma reunião com a doutora Cristina Delou. Ela é uma das maiores autoridades do Brasil no que diz respeito à altas habilidades. Ela mencionou na ocasião que é provável que haja em todas as escolas alunos com altas habilidades. Algumas, em um percentual maior, outras um percentual menor, mas existem”, explica Robledo, que ressalta que “encontrar esses alunos e prover um meio para que eles possam se desenvolver é um desafio e a Educação Adventista tem esse comprometimento”, destaca.

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