Ciência e mulheres

Na contemporaneidade, cada vez mais, o papel das meninas e mulheres na ciência se fortalece e recebe reconhecimento. Já existe, inclusive, uma data anual para celebrar a participação feminina neste espaço. Mais do que uma data, trata-se de uma iniciativa para aumentar e tornar visível a participação feminina na pesquisa e na produção de conhecimento, bem como promover a reflexão em torno desse tema tão necessário quanto urgente. 

 

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as mulheres são apenas 28% da população científica. Historicamente, por motivos culturais e estruturais, os homens tinham mais acesso a carreiras públicas e, por isso, durante muito tempo foram os únicos a adentrarem ambientes acadêmicos. 

 

As coisas já começaram a mudar. Hoje em dia, as mulheres também compõem o mercado de trabalho e a cena científica. Foram muitos passos até aqui, mas ainda resta um longo caminho pela frente para diminuir a desigualdade quantitativa e qualitativa no que tange a experiência de homens e mulheres na ciência. E você pode fazer parte dessa caminhada! 

 

Se você está pensando no que vai ser quando crescer, considere a ciência como uma possibilidade. Sua inteligência, criticidade e inovação podem ser transformadoras se forem desenvolvidas em espaço acadêmico. Saiba que mulheres extraordinárias antecederam este presente, abrindo caminho para que você pudesse trilhar grandes feitos.

 

Conheça algumas personalidades que são referência:

 

  1. Marie Curie

A grande rainha da física e da química. Ela contrariou o rígido funcionamento de sua época e tomou a dianteira das pesquisas sobre radioatividade. Foi pioneira em muitos aspectos: primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel e a primeira professora da Universidade de Paris. Seu nome entrou para a história. 

 

  1. Sônia Guimarães

Obviamente não poderia faltar uma referência latinoamericana e brasileira. Sônia se tornou a primeira mulher preta com doutorado em física. Sua brilhante trajetória acadêmica a levou ao elenco docente do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Consagrou-se como especialista em semicondutores e sempre se dedicou a representar a potência feminina nas áreas de exatas. 

 

  1. Nise da Silveira

Mais uma brasileira! Formada na Faculdade de Medicina da Bahia, Nise revolucionou a psiquiatria no país. Posicionou-se contra a forma arbitrária e violenta que caracterizava certos tratamentos psiquiátricos, como por exemplo o isolamento e eletrochoque. Com a ética do cuidado, sugeriu novas formas de agir e incentivou a terapia a partir da interação com os animais. Nise divide a ciência médica em “antes” e “depois”. 

 

Lugar de mulher pode ser na ciência

 

O mundo deve muito às pesquisas e intervenções dessas mulheres na ciência e na sociedade. É importante lembrar destas referências. E tenha sempre em mente que a pesquisa científica vai além das áreas matemáticas e biológicas. Nas áreas de humanidades, linguagens e ciências sociais aplicadas são necessárias pesquisadoras que proponham, de tempos em tempos, novos caminhos para o mundo. Que tal ser uma cientista brasileira?

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